5 de outubro de 2008

Lugares (10)

Centro Cultural Franco Moçambicano

O Franco – como é conhecido – é, indubitavelmente, um local de referência na cidade de Maputo.
Instalado, no centro da cidade, num belíssimo edifício de estilo colonial - onde funcionou em tempos um hotel - e tendo por vizinhança Samora Machel, vigilante na Praça da Independência, a Catedral, o Concelho Municipal e o Jardim Tunduru, assumiu, e cumpre, a responsabilidade de animar a vida cultural da cidade.
Possui um anfiteatro semi-coberto, um auditório, duas salas de exposição, uma galeria de artesanato e um bar abertos ao público. Complementarmente tem uma área de Mediateca e uma Biblioteca.
A zona de jardim, bem conservada, com uma pequena esplanada, é também bastante aprazível para, em fim de tarde, organizar um encontro com amigos ou encontrar alguém conhecido.
Foi lá que assisti aos melhores concertos que vi em Moçambique. Citando de memória: o fabuloso Oliver Mtukusi (2 vezes); o concerto dos 3MA(Marrocos, Mauritânia e Mali); os moçambicanos Jimmy Dludlu, Moreira Chonguiça (um enorme potencial como saxofonista) e o Gito Baloi (“estupidamente” assassinado na África do Sul), os Ghorwane, o concerto dos 30 anos de carreira da Mingas (embora pecando pelo excesso de marrabenta...), recitais da Companhia Nacional de Canto e Dança, etc., etc..
Também o apoio que se orgulha de dar a artistas plásticos, reconhecidos ou ainda não, permitem ao “franco” proporcionar algumas surpresas de muito boa qualidade.
Duas notas negativas: o péssimo serviço de bar e a permissão de levar bebidas para o anfiteatro durante os concertos com o incómodo permanente dos senta-e-levanta, tapa-e-destapa a visão do que acontece no palco. Com o nível de consumo de bebidas (cerveja, em particular) existente em Moçambique, é garantido que, durante o espectáculo, temos sempre alguém de pé à nossa frente.

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