1 de novembro de 2008

Leituras

(...)"Não é compreensível que companhias multinacionais cujos lucros anuais excedem várias vezes o tamanho da nossa economia nacional continuem a não contribuir para o orçamento nacional. É ainda mais incompreensível quando estas companhias pagam os seus impostos nos seus países de origem, os quais depois nos mandam uma pequena parte disso em forma de ajuda externa", prossegue o economista, acrescentando que "sem ajuda externa, nos não poderíamos conceder os generosos incentivos fiscais de que os grandes projectos beneficiam".(...)

O que os mega-projectos dão à economia?
Castel-Branco é das vozes autorizadas para responder a esta pergunta, a julgar pelos estudos desenvolvidos visando entender o impacto da implantação de mega-projectos em Moçambique.
É defensor acérrimo de uma renegociação dos contratos que o governo celebrou com os mega-projectos, casas da Mozal, Sasol, entre outros. Numa entrevista dada a este jornal, chegou a afirmar que se os mega-projectos pagassem impostos, como o fazem outras empresas normais, as receitas arrecadadas pelo Estado aumentariam 60% de um dia para outro.
Porém, o Governo já reagiu a esta ideia, argumentando que não faz sentido mexer repentinamente nos contratos com as grandes empresas, porquanto tal acção teria implicações negativas no relacionamento com os investidores.
Na mensagem que apresentou no seminário em alusão, Castel-Branco deixou bem claro que "parte dos impostos sobre os rendimentos dos trabalhadores e das pequenas e médias empresas dos países doadores e dos países receptares da ajuda subsidiam lucros adicionais das grandes empresas internacionais, e grande parte desses lucros é reexportada para os países de origem dessas empresas.(...)
Ver texto completo.

Boaventura Mucipo
O País - 29 Outubro/2008


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