23 de fevereiro de 2009

Leitura

Nos últimos dias de Janeiro realizou-se o XXXIII Consultivo do Banco de Moçambique.
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Curiosamente os números fornecidos pelo Banco de Moçambique revelam diferenças substantivas entre o que registamos como exportações e o que os países que de nós importam declaram que receberam de Moçambique. Vejamos e apenas para 2007 alguns casos:
Indicam os nossos números que exportamos para Espanha um valor de 37,1 milhões de US$, mas a Espanha afirma haver importado 379 milhões de US$, apenas mais 341 milhões do que registamos. Em relação ao Malawi a diferença situa-se em 16,5 milh6es de US$. Com a Índia 23,3 milhões de US$. Com a China, 68,7 milhões de US$.
Somando estas diferenças, somente em 2007, constatamos que apenas com estes quatro países existem 449,5 milhões de dólares que não entraram nem nas nossas contas, nem nos nossos cofres e erário. O saldo da conta corrente do nosso pais mostra-se deficitário em 770 milhões de dólares em média entre 2002 e 2007,13% do PIB. Para onde se sumiram estes valores substanciais que representam mais de 58% do déficite? De onde provem, senão das exportações ilegais de camarão, pescado, madeiras, cereais... etc.?
Em nome da democracia, e das normas dos que mandam no mundo, desmantelámos os meios de controlo sobre as nossas aguas, portos, aeroportos, território nacional. Desmantelamos e no exercício perdemos meio bilião de dólares anos em números redondos! Precisamos de aviões e barcos de patrulha com pilotos nacionais, meios de radar, necessitamos de dotar de mobilidade, com viaturas e helicópteros a Guarda-Fronteira e as Alfândegas, carecemos de efectivos bem preparados e decentemente pagos.
Perguntarei se não nos sai mais barato reforçar as alfândegas, a policia marítima, as forças armadas, a força aérea para que se controle o nosso pais?
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Domingo, 22 Fevereiro/2009

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