19 de setembro de 2008

Leituras (14)

A loucura que existe nos génios
Ele chegou ao sitio por volta das 10 da noite, num estado de sobreexcitação fora do vulgar, Vinha, literalmente, a ferver. E, como é mulato, isso notava-se-lhe perfeitamente no rubor das sues faces de trintão bonito, mas precocemente utilizado por uma vida de boémia sem regra, na ponta do nariz, no falar entrecortado.
Pedi um uísque para ele: era a minha vez no xitique. "Duplo, nhâ senhora, com mui de gelo", acrescentou ele com um gesto largo, patético. Virou-se depois para mim, pousou os braços com as mãos espalmadas no tempo do mesa de plástico, verde, e fitou-me com aqueles seus olhos de íris verde, alucinado.
Ver texto completo.


Fernando Manuel - Missa pagã
Savana - 23 Setembro/2005

Sem comentários: